Todas as
respostas para as suas perguntas, repousam no Silêncio que você é. No
momento em que você começa a ter o vislumbre disso, nota que as
perguntas não têm relevância para quem você é. É por isso
que Sosan disse: "Nem amanhã, nem ontem, nem hoje!” Porque
"hoje" ainda é uma descrição baseada num referencial.
Já
falamos disso, mas talvez eu precise repetir: agora não é o hoje. Agora
não é tempo. Agora é este momento – eu vou chamar de momento sabendo que
não é momento, mas eu chamo porque a linguagem não oferece uma outra
maneira de dizer. Agora esse momento onde não existe descrição possível,
onde não existe distinção entre isso ou aquilo.
O
hoje é acessível à mente. O agora não é. No agora não há
mente, nem ego, nem você, nem nada. Isso é o
Silêncio. Ver em totalidade, não é possível para a mente,
muito embora ela pergunte a respeito de como viver "no
agora" para sempre, quero que note que o Silêncio sabe que não
precisa fazer nada para viver o agora, porque ele está sempre no
agora. Mesmo que você faça uma caminhada no mundo da mente,
inevitavelmente, é bom notar, o quanto o Silêncio não é afetado pelas trapaças,
pelas paranóias, pelas armadilhas que a mente propõe. Então, de verdade, o
que estou tentando dizer é que você, o Silêncio, não se afeta com a
mente.
Não há
nada que a mente possa fazer para criar um problema para o Silêncio. Os
obstáculos surgem apenas quando você se identifica com algo que
não é você. No momento em que se desidentifica, nenhum problema existe.
Você está livre para Ser. Você se mistura à todas as
coisas, sem nenhuma condenação. Você se torna uma criança novamente.
Uma
criança é um Buda que não sabe que é um Buda. E um Buda é uma criança que
sabe que é um Buda. Ser criança, aqui, nessa sessão poética, é não ter
passado. A inocência não tem passado. E não tem futuro. Você já
viu criança preocupada com o futuro? Observe! É exatamente aí que repousa
o frescor de ser quem você verdadeiramente é.
Satyaprem
Satyaprem
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