8 de nov. de 2012

Nascimento


 
 4 – Jesus disse: O homem idoso perguntará, nos seus dias, a uma criança de sete dias pelo lugar da vida – e ele viverá. Porque muitos primeiros serão últimos, e serão unificados.

Uma criança saiu da Vida Universal e entrou no vivo Individual. Um ancião está prestes a sair do vivo e voltar à Vida. A vivência dos vivos aqui na terra é como que um parêntesis no texto da Vida Universal; na criança, o vivo individual está no princípio, no ancião o vivo individual está no fim; a criança abriu o parêntesis, o ancião está para fechá-lo. Mas a Vida é Una, Eterna, sem princípio nem fim; a criança abriu o parênteses, o ancião está para fechá-lo. Mas a Vida é Una, Eterna, sem princípio nem fim. Não importa o tempo em que alguém entra ou sai da vivência do vivo temporário; o importante é que o homem integre a sua vivência temporária na Vida eterna, onde não há criança nem ancião. A vivência é do ego, a vida é do Eu.

A criança pode dizer ao ancião: “Eu vim da Vida, e tu voltas para a Vida”.

Esta integração do vivo na Vida não é presente de berço, nem dádiva de esquife – é uma conquista da consciência. E onde impera o livre arbítrio da conquista não há primeiro nem último; essa conquista não depende da idade do corpo, mas da idoneidade do espírito.

O invólucro ego nos foi dado para que através dele o Eu se realize plenamente (Dharma, Verdadeira Vontade, etc...).  É necessário que a alma encontre resistência no corpo, porque sem resistência não há evolução. O envolvimento da alma espiritual pelo corpo material não tem caráter punitivo, e sim evolutivo. A alma é uma emanação individual da Divindade Universal; mas essa individualidade espiritual é apenas uma potencialidade, que deve transforma-se em atualidade. A alma realizável deve realizar-se plenamente através do corpo; e essa realização se processa através da passagem pelo corpo, que, por enquanto, é grosseiramente material. A realização da alma começa no corpo material e continuará através de outros corpos não materiais, até chegar ao corpo mais sutil, que talvez é o corpo-luz. Quanto mais a alma intensificar a consciência da sua essencial identidade com o espírito divino, tanto mais se aperfeiçoa também o seu invólucro corpóreo.

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