3 de nov. de 2012

O Quinto Evangelho (Introdução)

Por Huberto Rohden


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“Se não lhe vir nas mãos à marca dos cravos, se não meter o dedo no lugar dos cravos, e não lhe introduzir a mão no lado, não acreditarei absolutamente.” Esta dúvida assinala a fugaz passagem do apóstolo Tomé pelos evangelhos. Exigiu prova empírico-analítica: meter o dedo no lugar transpassado pelos cravos e enfiar toda a mão no lugar por onde a lança entrou. Quer fazer como o cego que, às vezes, é menos enganado que os que enxergam."

A exigência de Tomé transformou-o num dos homens mais famosos de todos os tempos.

Quando Jesus voltou ao Cenáculo, procurou Tomé com o olhar. Viera por causa dele, por causa dele somente, porque lhe dedicava um amor maior que todas as negações. Chama-o pelo nome e aproximando-se dele, diz:

- “Chega aqui teu dedo e vê minhas mãos; vem com tua mão e mete-a em meu lado; e não sejas incrédulo, mas tem fé”.
Tomé não obedece. Não ousa tocar com o dedo a chaga e, com a mão, a ferida. Estupefato, prostra-se aos pés de Jesus e brada:
- “Meu Senhor e meu Deus”.

Por estas palavras, semelhantes a uma simples saudação, confessa Tomé a sua derrota. Derrota essa mais bela que qualquer vitória.

Quase dois milênios se passaram desde essa cena. Agora, em plena era atômica e cosmonáutica, no início da era de aquário, surge Tomé como um fogo a iluminar a treva de nosso coração e a demolir a montanha de nossa incredulidade.

Em 1945, num antigo cemitério de Nag Hammadi, no alto Egito, potes de barro, contendo doze manuscritos em caracteres coptas, colocaram novamente Tomé no centro do cenário do cristianismo.

Agora, está sendo anunciado ao mundo perplexo, que o texto copta seria, na realidade, o QUINTO EVANGELHO, tão insistentemente referido pela tradição oral do cristianismo.

Este evangelho segundo Tomé não trata da vida histórica de Jesus.

São 114 sentenças profundamente metafísicas. Tomé abre seu evangelho com a afirmação: “Estas são as palavras secretas de Jesus, o Vivo, que foram escritas por Didymos Thomas”. (A palavra aramáica “Thomas” quer dizer “gêmeo”,  em grego “Didy mos”).

As “palavras secretas são ensinamentos esotéricos de Jesus, proferidas, não para as massas populares, mas para um seleto grupo de discípulos escolhida do divino Mestre, capazes de compreender o sentido místico de certas verdades profundas”.

Também pelos outros Evangelhos consta que Jesus disse a seus discípulos: “A vós é dado compreender os mistérios do Reino de Deus, enquanto ao povo só lhe falo em parábolas”.

 
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